segunda-feira, 25 de março de 2013

À quem procura felicidade dia após dia?

Tudo vai se encaixando aos poucos
A vida é fria e queima dentro de mim.
Tudo se encaixa em relação ao nada.
A sensação é a mesma, continua estranha porém.

É o modo como tudo é dito
É o modo como nada é feito.
É o modo como os ponteiros param...
Tudo está entre o que passou e o que pode não vir.

Caro leitor, já sentiste alguma vez,
que podes ser uma mera ilusão o próprio ser?
Mas não temas o desespero,nem juntes glórias
Não vês, amigo leitor, que tanto faz, no fim das contas?

Tudo vai naturalmente se transformando
E o mundo tende ao desconcerto
E o público espera pelo momento certo
O público está esperando à um tempo incalculável.
 A esperança também destroi, mata.

Tudo vai se perdendo aos poucos
A vida é uma espécie de câncer
O existir é o pleno desassossego,
E mais belo que isso só a visão
de andorinhas dançando dentre o orvalho,
às 5:43 de uma quinta-feira.




segunda-feira, 18 de março de 2013

Lapso

Estou pronta para um novo amor
desses que vão me matar depois
Um amor de mãos dadas,
de almas entrelaçadas.

Estou pronta para amar um outro alguém
Que me deprima, me entorpeça
Amar de novo!
Com direito a risos, insônia, fogo!
Um outro alguém,
fruto dum erro, um destino bobo, ou fatal acaso
Alguém disposto a dançar uns bons passos.

Um alívio percorre minha pele
deve ser essa garoa fina, tênue
Essa lua azul, triste e minguante
Respiro agora, sem o álcool ajudar
Há tanta neblina aqui , há tanto ar
Eu consegui, por fim , flutuar!

Estou indo adiante,
Vou por aí, a todo instante
Como um jovem suicida,
Uma mulher meio indecisa,
Uma menina completamente esquecida.

( Estou pronta,
Deem graças,
Vejam só! )

Sou uma amadora
Um desastre peculiar
Avante ao sol poente,
Já estou à navegar!