quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ao Terceiro Poeta


O único pronto à uma nova melodia transpor.

Nessa cidade, abaixo dum fio transparente, num mar estranho e incandescente.

Fomos apresentados ao ardor e à uma declarada tempestade . Mostramos o sopro da alma, o sublime choro, de qualquer humor.

Tantas e tantas vezes já escrevi sobre ti, mas como podem palavras guardarem a preciosidade que só encontro em algum lugar, no fundo do teu olhar?

Caminha, doce anjo. Ainda não é tempo de voar. Se quiser sente-se um pouco comigo e beba dois goles de fôlego. A lista de filmes está crescendo, há mais um montão por ver. Todos eles, nós sabemos, trarão alguma emoção, real ou não.

Você, caro ariano convencido, juro que não sei como aguento, entre todos, é o mais irritante e metido. Sem duvida o mais criativo, as vezes tenho medo, quando por exemplo, durante aquelas filosofias, vinha ( de ti instigantemente saía), latidos, grunhidos..Uns barulhos esquisitos.

E acha que eu me esqueceria daquela magica melodia? De todas as vozes que a entoaram um dia, quem sempre me emocionou, foi a tua.

E o tempo continua se apressando demais, e a vida continua sem nenhum significado. As bobagens arremessadas naqueles cafés estão flutuando agora em algum lugar, junto ao vento. Essa garoa fria, esse céu nublado ( cheio de estrelas), combinam com todos os nossos sonhos.

Sonhos bobos e delicados! Estúpidos e ousados! Sonhos, todos tão bem sonhados! (me dói pensar que podem ter sido desperdiçados).

Meu bom amigo, não esquece, nada é muito importante, nenhuma pessoa vale o preço de qualquer outra coisa. Não há valores, no fim, isso é certo.

É hora de concretizar,logo abaixo, aquele devaneio ( ou seria veraneio?), que por um reles acaso veio.

- A distancia é ótima para amantes, porque aumenta os desafios e a paixão tende a sucumbir a alma quando o reencontro vier a tona; já o mesmo numero de quilômetros pode apagar o brilho de uma amizade sincera. A mulher certa, deve completar estes dois requisitos, então só resta ser e  nós, tentarmos nos gestos, a perceber.

Fora uma boa conclusão para se ter. Então que tenhamos uma boa sorte quanto a isso, porque convenhamos que o azar esqueceu de nos deixar, parece estar gostando de brincar...

Falta mais um pouco só. Eles dizem para termos toda a atenção agora.

Falta mais um pouco. Para o quê? Ninguém soube me responder.

Lado a lado,( mantenha-se ), sabendo que a próxima estação vem com um calor dos diabos!

Os detalhes mais ridículos estão aqui, pouquíssimos podem os saborear e rir, e é bom que continue assim!

Obrigado pelos momentos e pelo abraço. Obrigado pelas cócegas também.

Ah, e

Meu bem, ouça-me bem

Em nossos laços e passos

Ninguém ousa, ou intervém.

Porque não podem nos matar

Já que vivemos para aos que amam, amar.

Lágrimas e sorrisos

Janelas, gritos e tantos outros risos.

Sincero e magnifico poeta,

Quando a noite chegar, se aprume, deixe a preguiça e vá até um bar.

De madrugada, é bom dançar!

Então,

Até lá.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ana?



Juntou-se à mesa com a família,comeu um pedaço de pizza e saiu.

Bebeu dois copos d’ água, acendeu um cigarro e o ventilador.

Trancou a porta do quarto, sentou-se na janela.

Metade dos sonhos quebrados, um terço de pó sob o aquário.

Observou as folhas caindo, no meio das cinzas, dentro dos prédios.

Ajeitou o cabelo, mas não tinha jeito, o vento atacava feio.

( se alguém visse, era algo bonito a se ver. )

Desiste de encontrar. Nem mesmo sabia o que estava procurando.

Sai da janela, tropeça numa roupa jogada, tira toda roupa do corpo.

Escova os dentes, troca o disco, deita no chão.

Luz apagada, olhos acesos.

A vida lá fora, com o mesmo movimento.

Desfeita, contraindo o eco de seu grito.

Sonolenta, de relance vê, não sabe o quê.

A distancia que sentiu entre um tempo e outro foi quase nula.

Só alguns detalhes na lembrança. Já não quer saber.

Mas há quase um ano, houvera uma bela dança.

( Se alguém visse, seria inevitável perceber. )

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Metafisica!

Meu muquifo, terceiro andar
Ela vistoria os detalhes, as falhas
Não estou nem aí, preparo um café.
Seu olhar, tao perto, tão certo.
Aquele corpo, Completamente solto, pronto,
Pra mim, estou quase tonto.

Esqueço o cigarro,
A pego e a trago.
Aprecio. Há o que apreciar.
Ela é bonita, não só vejo vida.
Salto agulha, injetando o ápice
Entorpecendo-me, revendo um álibi.


Minha cama, astronave casual
Deitados, rumo ao mundo espectral
Pouco a pouco retiro seu vestido.
É um mal súbito, enlace profundo
Rendas! Uma magnitude, imprevisível
Pele macia, mais que devorar; vou a traçar, decorar!

Há rumores de vulgaridade
Mil indícios de um novo vício
Ela vai embora amanha, a qualquer hora
A olho, me infiltro para sempre num momento
A amo, sem medo, sem noção de um vasto tempo.