terça-feira, 4 de setembro de 2012

Metafisica!

Meu muquifo, terceiro andar
Ela vistoria os detalhes, as falhas
Não estou nem aí, preparo um café.
Seu olhar, tao perto, tão certo.
Aquele corpo, Completamente solto, pronto,
Pra mim, estou quase tonto.

Esqueço o cigarro,
A pego e a trago.
Aprecio. Há o que apreciar.
Ela é bonita, não só vejo vida.
Salto agulha, injetando o ápice
Entorpecendo-me, revendo um álibi.


Minha cama, astronave casual
Deitados, rumo ao mundo espectral
Pouco a pouco retiro seu vestido.
É um mal súbito, enlace profundo
Rendas! Uma magnitude, imprevisível
Pele macia, mais que devorar; vou a traçar, decorar!

Há rumores de vulgaridade
Mil indícios de um novo vício
Ela vai embora amanha, a qualquer hora
A olho, me infiltro para sempre num momento
A amo, sem medo, sem noção de um vasto tempo.

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