quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um causo, dos mais comuns.


Meu batom vermelho,
No teu corpo, teu pescoço.

Ora ora, porque ao menos não limpou o rosto?
Ele foi embora,
e nem sequer viu se chovia lá fora.

Meu batom vermelho,
escondendo o roubo que me fizeram.

Te esqueço num canto,
pego meu violão,
lembro dele, mas não canto.

Meu batom vermelho,
derretendo sob um cara, bom rapaz, outro a mais.

Já o deixei de lado,
você não pode ver
ou acha que tens só sonhado?

Meu batom vermelho,
ansiando por teus lábios, nossas noites, teus afagos.

Ele foi pra longe do meu apartamento
na Avenida 41 ele deve estar,
 com um conhaque pra ajudar.

Meu batom vermelho,
bem longe dos teus encantos.

Ele se foi em alta velocidade
no boteco do seu Zé ele tenta esquecer
Valentine’s e outro gim com Tônica,
- vamos lá garoto, você pode a vencer!

(Um monólogo infantil, meu caro senhor,
a vida é só algo vil!
Beba outro gole, já é tarde, vamos lá,
Ela não é de nada, mas pode te matar!).

Meu batom vermelho,
ardendo em desejo,
 por alguém ainda mais sedento.

Ele disse que estaria sempre comigo,
vejam só,como me deixei estar
só pra dessa vez aprender a amar,
Mas já não posso nem o abraçar.

Meu batom vermelho,
servindo de escorregador,
pra essa lagrima amarga,
fonte de paixão e dor.

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