sexta-feira, 24 de maio de 2013

Maio

O outono continua soprando aqui
forte demais, sombrio o suficiente
O outono, meu bem
Destaca minha triste tristeza
Meu eu sem rumo, na completa incerteza.


Os dias estão custando a passar
Tropeçando uns nos outros, nem os vejo acabar.
Os dias, embriagam-me
Num desespero insolúvel
Meu exagero é cáustico, meu eu suspenso em colapso.


As linhas da palma de minhas mãos
Cortam um mar policromático de destinos
Esses traços, percorrem minha pele
Desfazem e tricotam essa mania de estar sempre entre abismos.


Estamos vagando em tempos estranhos, noturnos
O tempo é uma alusão ao real, é instantâneo, irreal.
O agora ´persiste no outono, no ar, a me afagar
Estamos todos vagando, como folhas, fluindo, indo, caindo.

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